
Outubro/2011
20/10/2011
NOSSO PAI CELESTIAL
Estou lendo o livro CRESCENDO ESPIRITUALMENTE de Kenneth E. Hagin, excelente livro, recomendo a todos. Mas o que quero comentar é a respeito do capitulo que acabei de ler, com o titulo: ANDANDO COM SEU PAI.
Jesus veio ao mundo para nos apresentar Deus como nosso Pai Celestial:“pois o Pai mesmo vos ama; visto que vós me amastes e crestes que eu saí de Deus” – (Jo 16:27). Mas na época de Jesus e até os dias de hoje, muitos ainda não reconhecem Deus como um Pai; não tem um relacionamento de filho com Ele.
Veja a maneira que o apóstolo Paulo inicia essa oração: “Por esta razão dobro os meus joelhos perante o Pai, do qual toda família nos céus e na terra toma o nome” – (Ef. 3:14,15); entenda que Deus não nos quer seguindo uma religião, mas sim que façamos parte da família Dele. O que importa não é a igreja que você vai, mas sim a que família você pertence. A religião trata-se de Deus, mas a família cristã trata-se do Pai.
Para o pecador Deus é Deus justo juiz, para nós nascidos no Espírito, Deus é o nosso Pai Celestial. “Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, a fim de que o mundo conheça que tu me enviaste, e que os amaste a eles, assim como me amaste a mim [...] Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheço; conheceram que tu me enviaste; e eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer ainda; para que haja neles aquele amor com que me amaste, e também eu neles esteja”. – (Jo 17:23,25,26). O Pai do mundo não é Deus: “Vós tendes por pai o Diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai;” – (Jo 8:44).
Cheguei à conclusão de que o tempo da Graça em qual vivemos nada mais é do que o tempo do AMOR.
1 - O Amor de Deus Pai, pela sua criação o homem, que mesmo pecando nos deu uma segunda chance, demonstrando seu amor através da entrega de seu único filho para morrer em nosso lugar para termos a chance de vida eterna. (Jo 3:16)
2 – O novo mandamento deixado por Jesus, de amarmos uns aos outros. (Jo 13:34; Rm 13:10)
3 – A oportunidade de amarmos a Deus como nosso Pai e de termos um relacionamento e comunhão de filho, com Ele. Confiando no amor de um Pai que cuida e supri todas as necessidades de seus filhos (Mt 7:11; Mt 6: 26-32; I Pe 5:7; Fp 4:6,9). É isso que Ele espera de nós, que o amemos como um Pai, e que confiemos que Ele cuidará de nós em todo tempo.
O Salmo 23 expressa bem o tempo que vivemos. Eu traduzo esse Salmo para a minha vida da seguinte maneira:
Vers. 1 – Jesus é o bom Pastor. Deus é o meu Pastor e por isso de nada sentirei falta.
Vers. 2 – O Pai cuida do chão por onde ando, para que minha caminhada seja tranqüila; coloca
uma fonte de água viva jorrando do seu trono direto ao meu coração;
Vers. 3 – refrigerando a minha alma com sua doce presença; guia-me com amor por meu
caminho.
Vers. 4 – Mesmo em tempos difíceis não preciso temer mal algum, porque o Pai me
acompanha e cuida de mim.
Vers. 5 – Quando inimigos me atacam, Ele me prepara uma mesa, e ali em sua presença, na
comunhão face a face, olho no olho, restaura as minhas forças, sara as minhas feridas
e me enche de teu amor.
Vers. 6 – Seguindo a vida assim sinto a bondade e a misericórdia do Pai, e habitareis em sua
presença todos os dias da minha vida.
Deus quer sim que levemos em oração a Ele os nossos pedidos, mas Ele também espera que entremos em sua presença apenas porque queremos estar com Ele. Abaixo descreverei alguns trechos do capitulo que acabei de ler, para que vocês entendam melhor o que estou querendo dizer e que também sejam tocados como eu fui:
Meu coração ri dos meus inimigos, pois Ele me guia pelos caminhos da graça, que atravessam o reino da justiça, onde fico em pé na Sua presença, como se o pecado nunca tivesse existido; e brinco ruidosamente na sala do trono da graça, sem a mínima preocupação, medo ou terror. Isso porque quem está no trono é o meu PAI. [...]
Às vezes, quando entro, na maioria das vezes para visitá-lo, na realidade, ouço-o dizer: “Filho, há algo que você queira? O que posso fazer por você?”
Eu respondo: “Pai, não preciso de coisa alguma. Tu és tão maravilhoso, tão amável e bondoso, que já me forneceste tudo o que poderei necessitar. Tu me escreveste uma carta que me conta a respeito. Não tenho, pois, preocupação alguma. Não passo necessidade. Não tenho um desejo que não tenha sido satisfeito. Não, nada vim procurar. Vou dizer-te, Pai, que apenas vim visitá-lo por algum tempo. Só queria estar à espera do trono. Gosto de ficar perto de Ti, Pai.”
Meu Pai me disse [oh, eu podia ouvir Sua voz claramente quando me falou]: “Filho, não sabes como isso alegra o meu coração. Nenhum pai terrestre desejou tanto o companheirismo e a comunhão com os filhos como Eu, o Pai Celestial, desejo”.
“Você sabe”, Ele continuou, “que criei o homem a fim de ter alguém com quem Eu pudesse manter comunhão. Criei o homem para ser meu aliado. Posso até dizer o seguinte [e Ele disse com essas palavras], criei o homem para que eu tivesse meu amigo. Coloquei Adão na Terra, no jardim, e, ao entardecer, findo o calor do dia, Eu descia para andar e conversar com ele”.
É tão bem-aventurado, belo e maravilhoso poder andar com Deus!
Deus abençoe a todos!
Natália Filhinho.
09/10/2011
A importância da música nos cultos à Deus
ENTENDENDO A MÚSICA
A música é formada por três elementos: RITMO, MELODIA e HARMONIA.
Estes elementos mexem conosco o tempo inteiro.
RITMO – é a marcação do tempo, ou a freqüência em que a ação se repete. Existem alguns instrumentos que só conseguem marcar ritmos, não conseguem tocar melodias, exemplo a bateria. O Ritmo mexe com os nossos músculos, somente com eles. Isso pode ser visto na alteração do pulso cardíaco conforme a música ambiente.
MELODIA – é a sucessão de sons. Isso quer dizer que cantar uma nota, depois outra, depois outra, forma uma melodia. Podemos imaginar que a melodia é uma coisa horizontal. Exemplos de instrumentos melódicos são: sax, clarinete, flauta, etc. A Melodia mexe com as nossas emoções, somente com elas. Não é o ritmos que nos deixa tristes, também não é a harmonia, mas sim a melodia.
HARMONIA – é definida como sons simultâneos, podemos dizer que a harmonia são melodias juntas. Nas quatro vozes do coro, cada um canta uma melodia, e a combinação delas forma uma harmonia. O piano é um exemplo de instrumento que consegue tocar harmonia, por tocar várias vozes ao mesmo tempo. A Harmonia mexe com o intelecto. Quanto mais elaborada e complicada a harmonia, mais difícil de ser apreciada e entendida, porque de fato ela tem que ser entendida.
· Diferentes Ênfases
Na história da humanidade, diferentes povos enfatizam algum desses elementos na sua música, conforme as características que cada povo tem. Os povos africanos enfatizam o ritmo em suas músicas, já os italianos no século XIX enfatizaram a melodia, exemplo disso o nascimento da ópera que se deu na Itália e para os alemães o elemento mais importante na música deles é a harmonia.
Mas há uma agravante: A ênfase exagerada no ritmo leva as pessoas a desligarem parte das informações do cérebro. Por isso, o ritmo é um dos elementos mais valiosos para o desligamento das pessoas nos centros de umbanda, yoga, zen budismo, etc... “Mantra” nada mais é do que uma pequena melodia repetida tantas vezes que se torna um ritmo. Excesso de ritmo leva as pessoas a parar de pensar.
· A música no cérebro
Os três elementos são responsáveis pela ação direta da música nos ouvintes. Por isso, a música é um excelente veículo para guardar informações em nosso cérebro. As melodias são fixadas numa região do nosso cérebro chamada “cérebro mamal”. Essa região arquiva definitivamente as informações no cérebro. É como se fosse um computador que grava algo que não pode mais ser “deletado”. Aquilo ficará arquivado para sempre, independente das pessoas desejarem ou não. Uma vez que a mensagem foi aprendida, as pessoas nunca mais estarão livres dela. Ela pode ser esquecida temporariamente, mas nunca apagada.
APLICANDO A MÚSICA NO CULTO
A música tem papéis muito importantes no culto: o de IMPRESSÃO, o de EXPRESSÃO e o de ENSINO E EDIFICAÇÃO DA IGREJA.
» O Papel de Impressão: tem a ver com a criação de um ambiente próprio, de uma atmosfera que mexe com as pessoas quer elas queiram, quer não. Há a música certa para cada momento do culto: momento de alegria, exultação, tristeza, confissão, etc. Além disso, a música pode mexer conosco o suficiente para que assimilemos uma idéia e entendamos melhor o que está acontecendo de forma mais clara.
» O Papel de Expressão: Isso acontece quando ela diz alguma coisa junto com o texto, quando endossa e subsidia o texto. Quase sempre que há um bom casamento entre letra e música, a mensagem que está sendo dita passa completamente para as pessoas e as pessoas a absorvem... Música só expressa o texto quando a música vem com ele, quando a música diz a mesma coisa. Quando um grupo canta, canta pelo povo e o povo diz amém e louva ao Senhor. E a música só faz isso efetivamente quando ela faz um bom casamento com a letra, quando a letra diz alguma coisa e ela diz a mesma.
» O Papel de Ensino e Edificação da Igreja: A música fixa em nossa cabeça, para sempre, verdades teológicas. Mas o problema é que ela fixa também, para sempre, mentiras ideológicas. Indeletavelmente. A igreja tem passado no Brasil inteiro, por uma fase de esvaziamento doutrinário, também porque têm cantado “abobrinha”, mentiras teológicas, sem aprofundamento bíblico.
O problema não é a música; a música é o sintoma do problema. O problema é muito maior que a música. É teológico e doutrinário. Tem se refletido na música, mas é muito mais sério. A igreja está perdendo a sua identidade. Hoje nós estamos desesperadamente correndo atrás da música secular, para imitá-la, para ver se a gente consegue manter o jovem dentro da igreja. É por isso que o povo não se importa mais com o nosso cântico de Sião. Os babilônicos queriam ouvir o cântico de Sião em outros instrumentos, outro cântico que não era o deles. Os babilônicas de hoje “não estão nem aí” com a nossa música. (Sl 137).
DEVERES DO MINISTÉRIO DE MÚSICA NA IGREJA
Ministério significa serviço. Ministério cristão é na verdade um serviço de edificação da igreja.
“...os meus zelosos adoradores...me trarão sacrifícios...” – Sofonias 3:10
A pessoa que zela por algo, o faz considerando ao extremo seu valor. No Salmo 69:9, Davi se deixa consumir pelo zelo das coisas do Senhor, a quem amava e servia: “Pois o zelo da tua casa me consumiu”. O músico que é um verdadeiro adorador tem no Senhor a sua maior riqueza e por Ele zela com toda a sua força. Devemos nos conscientizar de que Deus tem colocado uma riqueza em nossas mãos – A Música!
· QUALIFICAÇÕES DE UM MINISTRO
A seguir, iremos observar algumas qualificações importantes para aqueles que desejam participar e/ou já participam do ministério de música.
Este ministério, além de alegrar o coração de Deus, e ter os papéis importantes no culto conforme aprendemos é também um veículo de proclamação do Evangelho.
» 1- Real Experiência com Deus. (Jo 3:3)
A pessoa que teve uma experiência com Deus é aquela que não vive mais para si mesma (Rm 14:7-8) e nem para o pecado (Gl 5:24; Rm 6:6,11,14); possui uma inclinação para as coisas que são do alto (Cl 3:1; Mt 6:33) e sua experiência se baseia na Palavra de Deus e no Deus da Palavra. O músico precisa passar pela experiência da regeneração. Devendo ser conhecedores da Palavra de Cristo, de maneira rica e abundantemente, de forma que se reflita a via de Deus em suas vidas. Este são requisitos básicos e principais para todo aquele que quer servir na casa do Senhor.
» 2- Consagração (Lv 27:28-29)
Consagrado significa ser separado para servir conforme o propósito de Deus. Quando temos uma experiência, somos separados do pecado a fim de servimos a Deus e vivermos para Ele (II Co 5:15). A evidência clara de que alguém tem uma vida consagrada a Deus são os frutos que acompanham o seu serviço (Tg 2:18,26; Jo 12:24; 15:18).
» 3- Comunhão com Deus (Sl 84:4-5)
Comunhão com Deus é habitar no conselho de Deus, é ter uma identificação com o altar. Alguém que não tem identificação com o altar não é um ministro de música. O ministro se identifica com Deus e usa da música o instrumento para o seu crescimento espiritual. O tocador está identificado com o seu instrumento e visa apenas o seu desempenho musical.
A Palavra e a oração são a base de todo o serviço. Se quisermos mais unção em nosso ministério precisamos saber que o “endereço” é o santuário (Sl 77:13). Enfim, a qualidade do ministério de música está vinculada a vida no altar (Rm 12:1; I Pe 2:5).
» 4- Servo (Mt 20:28)
O verdadeiro servo não é conhecido pelo seu título, mas sim pelo seu modo de viver, em outras palavras, suas atitudes falam mais alto que suas palavras.
Podemos ter características diferentes e estilos diferentes, mas isso não impede que sirvamos ao Senhor em unidade e ajuda mútua.
Ser um ministro de música é ter um coração de servo, que tem como motivação principal servir a Deus, a família, aos irmãos e aos perdidos.
» 5- Submisso (Rm 13:2)
Submissão é uma das características de um verdadeiro filho de Deus. As vezes nos deparamos com pessoas incapazes de se submeterem à liderança.
Aquele que agora tem um coração novo é capaz de submeter-se à vontade de Deus, aos líderes e aos irmãos (Ef 5:8-21).
» 6- Conhecimento Técnico (Sl 33:3)
A nossa oferta ao Senhor no que diz respeito a música tem que ser excelente em todos os sentidos, incluindo a apresentação e a execução.
O Salmo 33:3 diz “Cantai-lhe um cântico novo, tocai bem e com júbilo”. “Tocar bem” em hebraico significa yatab, e seu significado se amplia: fazer bem algo, fazer algo bonito, agradável e bem feito, de maneira completa, detalhada e minuciosa.
Uma música bem ensaiada e bem preparada não irá “apagar o Espírito” como muitos pensam, pelo contrário, quando há preparação Deus se manifesta de maneira poderosa (II Cr 20). Deus não dá prêmio à mediocridade e negligência, mas sim à fidelidade, responsabilidade e diligência.
» 7- Relacionamento com a Equipe (Rm 8:29)
A vida em família é um projeto de Deus para nós e a família ministerial deve ser a extensão da nossa casa. A vida em família é um princípio que precisa ser desenvolvido no ministério de música para o fortalecimento e crescimento de todos os seus integrantes (Ef 2:19-21).
Os discípulos de Jesus revolucionaram o mundo porque estiveram com Ele, aprenderam com Ele e falavam a linguagem do Mestre. Observe alguns aspectos da vida em família:
a) Caminhar numa mesma visão – (I Co 1:10; Sf 3:9). Visão + Visão = Divisão.
b) Comunhão uns com os outros – (I Jo 1:7). Devemos estar juntos, sair, orar, compartilhar necessidades, etc.
c) Respeito mútuo – (II Co 10:13). Devemos conhecer nossos limites! Devemos tomar cuidado com as brincadeiras e apelidos que damos as pessoas para não magoá-las.
d) Alegrarmos e chorarmos juntos – (Rm 12:15). Unir-nos nas conquistas e nas tribulações.
e) Vida de transparência (Tg 5:16) e Pacto da aliança (I Sm 18:1-4). Compromisso uns com os outros de fidelidade, integridade, lealdade, amor amizade e companheirismo em todos os momentos da vida. Vivamos em família!
CONCLUSÃO: Passamos por um momento complicado sim, mas se é verdade que o começo da solução do problema é exatamente a consciência dele, entendo que vamos encontrar saídas, porque mais e mais pessoas estão sendo despertadas para essa busca de fazer o melhor para Deus.
Deixe a sua adoração à Cristo ir além do que o desejo de oferecer-lhe suas orações e canções, deixe ela chegar ao ponto de querer trazer os frutos do seu alto preço pago na cruz: as pessoas que o Pai tanto amou que enviou seu filho para morrer por elas. E nos tornaremos adoradores missionários, cumprindo os mandamentos de Jesus, nesta última geração.
Deus abençoe! – Natália Filhinho
Agosto/2011.
(Aqueles que quiserem copiar este artigo para ministrar estudo sobre ele em sua igreja ou ministério de louvor, fiquem a vontade, só peço a gentileza de citarem sempre as fontes dele. Obrigada. Deus te abençoe!)
Fontes:
www.adorando.com.br
Artigos de : *Parcival Módolo
*Silas Palermo
*Graham Kendrick
www.ameprod.com.br
Artigos de: * Ronaldo Bezerra